TIPOS E ORIGENS
As micotoxinas mais amplamente estudadas são as produzidas pelos bolores Aspergillus, Fusarium, Pennicillium e Claviceps. As principais micotoxinas produzidas por estes bolores são aflatoxinas, ocratoxinas, deoxinivalenol (DON, vomitoxina), toxina T-2, zearalenona, fumonisinas e toxinas ergot.
Origens antes da colheita
O Fusarium é o bolor mais predominante na contaminação de lavouras no campo. Os bolores Fusarium podem produzir micotoxinas na planta em crescimento. Embora os próprios bolores possam não sobreviver à transição do campo para a calha de alimentação, as micotoxinas permanecem intactas, embora invisíveis ao olho nu.
Origens após a colheita
Uma vez que os grãos são colhidos e armazenados (grão ou forragem), ainda pode haver a contaminação por bolor. Os bolores de armazenagem de grãos normalmente se originam do Aspergillus e do Penicillium. Os bolores Penicillium são os principais contaminantes de ingredientes fermentados da ração e são capazes de produzir micotoxinas como a roquefortina C, a patulina e o ácido micofenólico.
VOCÊ SABIA?
As plantas reduziram métodos para reduzir a toxicidade das micotoxinas formando elos covalentes entre os açúcares e as micotoxinas.
Esse elo resulta em "micotoxinas mascaradas", que fogem à detecção por meio dos métodos analíticos convencionais. Entretanto, essas toxinas conjugadas podem ser ativadas no organismo ao perderem a molécula de açúcar, causando intoxicação em animais da mesma maneira que as formas livres de micotoxinas.
Isso poderia explicar por que rações analisadas que exibem baixos níveis de micotoxinas ainda podem causar problemas em uma fazenda.
Fatos rápidos sobre as micotoxinas:
- Existem aproximadamente 500 tipos conhecidos de micotoxinas.
- Os animais são constantemente expostos a múltiplas toxinas por meio de sua dieta.
- A interação entre as toxinas dificulta o diagnóstico.
- A longa exposição a baixos níveis de micotoxinas na dieta pode prejudicar a saúde e reduzir a produção e o desempenho reprodutivo.
- Micotoxinas formadas por bolor podem trabalhar sinergicamente, apresentando um maior risco ao desempenho do animal do que geralmente se prevê.